Diversidade – 1d. Largar a Caneta

Categoria: Narração de Histórias

Objetivos:

Leitura de toda a narrativa já pensada e estruturada, permitindo ao grupo limpar estereótipos, pontas soltas e a mensagem do filme / Estimular um momento de reflexão crítica e coletiva sobre as temáticas da diversidade e da inclusão, reajustando as abordagens e o conceito do guião a novos contributos / Concretizar uma versão mais finalizada do guião.

Breve Descrição:

Esta é uma atividade que permite a abordagem da história como um todo, mas também pensar pontos específicos. Obtém-se uma visão global da história através de uma leitura em voz alta da narrativa completa, pensada e estruturada – mas permite também fazer o movimento contrário: ler de novo as partes que parecem menos bem conseguidas e pensar em conjunto como podem ser melhoradas. É focada na reflexão crítica e coletiva sobre os temas da diversidade e da inclusão, reajustando as abordagens e o conceito do guião a novos contributos que possam surgir. É importante ter leitores voluntários e ‘escrevinhadores de notas’, para não se perder a discussão e ser tudo integrado  numa versão mais finalizada do guião.

Module:

Module 2 > chapiter 2 > section 2

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Duração

60-90 minutos

Número de participantes

Adaptável (ideal para grupos entre 10-30 pessoas)

  • Quadro branco / Papéis de flipchart ou uma aplicação colaborativa online (ex.: Padlet/Miro/Jamboard).

Agora que já praticou, utilizando diferentes técnicas, passamos ao próximo passo: o exercício abaixo centra-se em fazer-nos pensar sobre a mensagem de diversidade e de equidade da história. O seguinte exercício de vídeo dar-lhe-á dicas sobre como pode fazer pequenas alterações que podem transmitir uma mensagem diferente com o seu filme.

A nossa intenção é provocar ideias sobre como aplicar um objectivo de inclusão e diversidade nos seus filmes através de um momento de brainstorming e reflexão. Tenha em atenção as mensagens que recebe dos membros do grupo ou do contexto onde filma.

  • Comece por escolher uma ferramenta para registar o esboço geral da história/argumento que o grupo construiu: um quadro branco, papéis de flipchart ou uma aplicação colaborativa online
  • Registe os pontos-chave da história:
  • A(s) personagem(ns), as suas principais características e antecedentes;
  • A principal sequência de acontecimentos numa linha de enredo: gatilho, ponto de não-retorno, desenvolvimento, crise e solução.
  • Agora, vamos testar a argumentação escrita, discutindo com o grupo, de forma crítica, os acontecimentos e as ações a partir de uma perspetiva culturalmente sensível, encontrando e identificando a presença de possíveis estereótipos e clichés a eliminar:
  • Deixe que o grupo escolha a perspetiva de uma personagem, como voz narradora, para contar a história e comece a redigir a narrativa de forma sucinta;
  • Numa segunda ronda, escolha a perspetiva de uma segunda personagem, como voz narradora – e redija o enredo principal novamente, a partir deste outro olhar – isto pode testar o efeito de mudança de perspetiva e os seus efeitos (exemplo: o percurso de uma pessoa migrante para encontrar uma solução de habitação no país de chegada, enfrentando várias barreiras burocráticas e preconceitos; o percurso da pessoa que é gestora de caso e o acompanha também se depara com a frustração da falta de agilidade nos procedimentos e a frustração de não conseguir solucionar as questões com a brevidade e urgência necessárias)
  • O grupo deve olhar para as narrativas e procurar as representações, os estereótipos e os traços de identidade, tanto na personagem como no enredo; fazer uma reflexão sobre a intencionalidade dessas representações e a sua utilidade para o objetivo, o sentimento e a mensagem principal do filme.
  • Com a conclusão deste exercício, o grupo deve estar mais preparado e confiante com o enredo e o guião escrito, e finalizar o storyboard – poderá utilizar o modelo de storyboard disponibilizado no Módulo 2 ou outro que melhor se adapte ao grupo.

Dicas para a facilitação

Quando iniciamos um processo de produção mediática, o tempo dedicado à escrita do enredo pode não ser o mais atrativo em comparação com as filmagens. Contudo, o guião pode ser um dos pontos fracos de uma produção audiovisual: se não for convincente, enfraquece todo o impacto da história. Uma ferramenta da metodologia da Teoria da Mudança pode ser muito útil para a resolução do enredo: escrever a história de trás para a frente, partindo do desfecho que o grupo gostaria que o filme tivesse e refletir a partir da seguinte questão: “o que precisa de acontecer e o que precisa de estar no lugar para que isso aconteça?”

É importante, nesta atividade em particular, que as contribuições de todo o grupo sejam escutadas. Pode ser útil rever alguns dos conteúdos do Módulo 2 sobre a gestão de grupos de uma forma inclusiva – mas apoiar a discussão recolhendo contributos iniciais através de post-its e de forma anónima, passando depois para uma discussão mais alargada, também pode ser uma boa ferramenta.